Lucas Turino Silva (PROART-UEL), Aguinaldo
Moreira de Souza (Orientador), e-mail: guidanca@yahoo.com.br.
Universidade Estadual de Londrina/Departamento
de Educação Comunicação e Arte/Londrina, PR.
Área e subárea do conhecimento
conforme tabela do CNPq
Palavras-chave:
parada de mão, inversão do eixo,
criação.
Resumo:
No desenvolvimento da
presente pesquisa foram realizados exercícios de inversão do eixo no intuito de
construir uma cena partindo das sensações geradas pelo movimento (alterações na
visão, audição, pressão sanguínea).
Introdução
O impulso para a minha pesquisa se deu
no meu primeiro ano de Artes Cênicas na Universidade Estadual de Londrina (UEL)
no projeto: “Treinamento técnico e sistematização de processos de trabalho do
ator”, coordenado pelo professor doutor Aguinaldo Moreira de Souza.
No primeiro ano de minha participação
no projeto os alunos tiveram contato, entre outras coisas, com acrobacias de
solo, e estas eram usadas para adquirir força, agilidade e trabalhar alguns
pontos específicos do exercício corporal,
que variam de acordo com a acrobacia utilizada.
Os
exercícios físicos de treinamento permitem desenvolver um novo comportamento,
um novo modo de se movimentar, de atuar e reagir: assim se adquire uma habilidade
específica [...] A ponte entre o físico e o mental provoca uma ligeira mudança
de consciência, que permite vencer a inércia, a monotonia e a repetição.
(BARBA, 1995, p.58)
Chamou-me a atenção o uso de
acrobacias no trabalho corporal do ator, por estes ampliarem a disponibilidade
corporal e, principalmente, por buscarem a preparação de um corpo extracotidiano,
dilatado e “pronto para”, como dizia a minha professora do primeiro ano Ceres
Vittori (este “estado”, dizia ela, vinha de uma preparação e de uma atenção
diferenciada conseguida através de trabalho).
Comecei,
então, a buscar conhecer um pouco mais sobre o como e porquê fazer acrobacias. Esta prática é usada para possibilitar uma forma de
“pensamento em ação” e criar uma consciência e um raciocínio corporal.
Eugenio
Barba usa exercícios de acrobacias para desenvolver nos atores confiança,
precisão, capacidade de pensar integralmente e a capacidade de adaptar-se
continuamente à situação que surge.
Materiais e métodos
Durante o processo de construção da
cena eu pesquisei varias coisas diferentes. No âmbito teórico eu fui atrás de
poesias como a O Segundo que me Vigia.
Para amparar meus estudos eu busquei
também referencias teóricas que me embasassem em meus estudos e meus experimentos,
e encontrei livros sobre coordenação motora, acrobacias e livros de teatrólogos
que trabalham cm isso, como o Eugenio Barba.
Resultados e Discussão
Como resultado é possível apresentar
uma cena construída a partir de sensações analisadas em um momento de sustentação
do corpo fora do eixo, na posição da parada de mão.
Esta cena já sofreu várias alterações
por novas indicações do meu orientador e diretor.
A cena construída faz parte do
espetáculo Viés da Cia L2
Conclusões
Ao final deste processo de pesquisa
foi possível concluir que exercícios que mexem com o labirinto e tiram o
equilíbrio podem ser usado como exercícios de base para a construção de uma
cena por gerarem um estado extracotidiano apresentando alterações corporais e
mentais.
Concluo a pesquisa iniciada em
agosto de 2011 com a apresentação do espetáculo Viés no qual esta inserida uma
cena construída por mim a partir do estudo de equilíbrio invertido.
Agradecimentos
Agradeço ao Aguinaldo Moreira de Souza
que me orientou com paciência e destreza.
Referências:
BARBA, Eugênio. “O Treinamento”.
In:______. ALÉM DAS ILHAS FLUTUANTES;
tradução de Luis Otávio Burnier. Campinas: Editora da UNICAMP, 1991.
______.;
SAVARESE, Nicola. A ARTE SECRETA DO ATOR.
Campinas: Editora da Unicamp,
1995.
MAGGIL,
Richard A. “Capítulo 3”. In:______ . APRENDIZAGEM MOTORA. São Paulo: E.Blucher, 1986.
SANTOS, José Carlos Eustáquio dos. MANUAL DE GINÁSTICA OLIMPICA;
ilustração de Aureliano Borges do Carmo; fotografias de Nilton Fernandes
Coelho. 2. ed., Rio de Janeiro: Sprint, 1985.
GROTOWSKI, Jerzy. EM BUSCA DE UM TEATRO POBRE; tradução de Aldomar Conrado. Brasil:
Civilização Brasileira, [s/d].
Insira as
referências de acordo com o tipo de publicação e conforme indicado nas normas.
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